quarta-feira, 10 de setembro de 2008

A artificialidade da crise dos grampos

Por indicação do leitor José Diogo Bastos Neto, ex-presidente da Associação dos Advogados de São Paulo (AASP), li o artigo "Como se faz uma crise", de Marcos Nobre, publicado na Folha de S.Paulo de ontem (9/9).

Não conheço o autor, que escreve às terças na Folha, mas Nobre situa com muita propriedade o desenrolar do caso do grampo Mendes/Torres, que teve início com uma denúncia da revista Veja que circulou dia 30/8 e que – até o momento – não possui uma prova sequer, seja da participação da Abin no caso, seja da própria ocorrência do grampo, uma vez que só foi apresentada a transcrição do diálogo travado pelas duas autoridades.

"No que foi divulgado até agora no episódio do grampo, não há nada que permita concluir que haja uma tentativa de controle ilegal de um Poder sobre o outro", afirma o autor que, na seqüência, traça um paralelo entre os poderes do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça: "Como sabe que é precária qualquer unidade no interior do STF, Gilmar Mendes tem transferido boa parte do seu projeto centralizador para a alçada do Conselho Nacional de Justiça (CNJ)".
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Confira o artigo "Como se faz uma crise", publicado na Folha de 9/9 e reproduzido no blog do Luis Nassif.

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