terça-feira, 10 de março de 2009

Jornais não conseguirão cobrar pelo conteúdo on-line

A afirmação categória do título deste post é do jornalista Pedro Doria, conhecido dos leitores de Direito na Mídia pela frase estampada neste blog desde seu início: "internet que carece login e senha mediante pagamento não vale o link".

Doria, jornalista do Estadão que participa de um programa na Universidade de Stanford (EUA) defende, em bem fundamentado artigo, que boa parte dos jornais estadunidenses não existirão mais em dez anos. No Brasil, acredita, a derrocada deve ser mais lenta, pelo aumento da classe média - leitora de jornais - nos últimos anos.

Um dos motivos para a previsão é que, nos EUA, os leitores com menos de 40 anos não leem jornais, ou melhor, leem apenas os sites dos jornais, cujas experiências com cobrança costumam fracassar. O motivo: "notícia de graça existe às pencas na web". E cita o exemplo do New York Times, que deixou de cobrar pela leitura de seu conteúdo quando percebeu que suas colunas não mais repercutiam na sociedade.

Doria acredita, inclusive, que os blogueiros, organizados em grupos, podem aprofundar-se em um assunto até mais que repórteres profissionais e cita o caso do ex-procurador geral dos EUA, que já estava a um passo de renunciar ao cargo quando a imprensa profissional começou a cobrir a história [nota: ele não revela qual] descoberta e apurada por um blog político.

Por fim, o autor aponta três modelos que poderão contribuir para sustentar o bom jornalismo. Mas, para não estragar a leitura do artigo, deixo vocês com o original.
_____
Confira o artigo "O futuro do jornalismo. (Que futuro?)", publicado no Weblog Pedro Doria.

Nenhum comentário: