terça-feira, 1 de dezembro de 2009

E a concorrência, como fica?

Em sua coluna da última semana no site Observatório da Imprensa, o jornalista Carlos Brickmann fez um comentário que merece ser transcrito na íntegra:

"Mudando as palavras

A Amil comprou sua concorrente Medial Saúde e a imprensa chamou o fato de "consolidação do mercado". A Perdigão comprou sua concorrente Sadia e a imprensa chamou a atenção para a força da nova multinacional brasileira, líder no mercado internacional de proteínas de aves. A Brahma comprou a Antarctica e a imprensa salientou a formação de uma empresa brasileira de bebidas de nível internacional, que por seu porte faria baixar o preço de cervejas e refrigerantes.

Antigamente, essas coisas se chamavam de "truste" ou "cartel". Sabia-se que a redução da concorrência faria com que os preços subissem, e não que caíssem. Mas hoje os fornecedores de informação ficaram mais bonzinhos. Não salientaram nem que a grande empresa brasileira de bebidas, antes dividida entre São Paulo (Antarctica) e Rio (Brahma) agora é Inbev e tem sua sede na Bélgica."

Brickmann foi certeiro.

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