domingo, 5 de setembro de 2010

Espaço Econômico

Expansão da economia brasileira no 1º semestre foi a maior em 14 anos

Rio de Janeiro, 3 set (EFE) - A economia brasileira acumulou, no primeiro semestre deste ano, um crescimento de 8,9%, o maior do período nos últimos 14 anos, que contrasta com a contração de 0,2% que o país sofreu em 2009 pela crise mundial, segundo dados divulgados hoje pelo Governo.

Apesar de o Produto Interno Bruto (PIB) ter sofrido uma desaceleração no segundo trimestre do ano, quando cresceu 1,2% frente ao primeiro, o acumulado fez com que o Banco Central imediatamente reafirmasse sua previsão de que o Brasil encerrará o ano com uma expansão recorde de 7,3%.

Após crescer 2,7% no primeiro trimestre em comparação ao último de 2009, a economia diminuiu o ritmo no segundo, mas ainda sobe a taxas elevadas em comparação com o ano passado.

A expansão do segundo trimestre foi de 8,8% frente ao mesmo período de 2009.

Como o Governo esperava uma desaceleração no segundo trimestre após a eliminação dos incentivos e a alta dos juros para fazer frente à inflação, o resultado do PIB superou as expectativas.

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse que a economia brasileira "se desloca para uma trajetória mais condizente com o equilíbrio de longo prazo".

"Apesar da acomodação no segundo trimestre, o Banco Central calcula que, no acumulado do ano, a taxa de crescimento será de 7,3%", afirmou Meirelles em comunicado.

Já o ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi mais otimista e assinalou: "com essa variação (7,3%) teremos o maior crescimento do PIB em 24 anos".

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Os economistas, que sempre criticaram o PIB brasileiro por ser inferior ao de outros países emergentes, agora se deparam um resultado que coloca ao Brasil entre os que mais crescem neste momento.

Dados comparativos divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) indicam que o Brasil é o quinto em uma lista de 16 países que já divulgaram o resultado do PIB do segundo trimestre.

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O crescimento do Brasil no primeiro semestre (8,9%) foi o maior desde 1996, quando o indicador começou a ser medido com as atuais variáveis.

Segundo o IBGE, o resultado semestral foi impulsionado, principalmente, pela indústria, cuja produção aumentou 14,2%.

Também contribuiu a formação bruta de capital fixo (investimento produtivo), que foi recorde com uma expansão de 26,2%.

A demanda interna, que cresceu 8% no semestre, voltou a se destacar como um dos principais motores da economia e dobrou o crescimento do consumo do Governo (3,6%).

A aceleração da indústria e do consumo interno fizeram as importações crescerem 39,2% no semestre, quase quatro vezes o aumento das exportações (10,5%).
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Notícia da Agência EFE, publicada no UOL Economia.

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