terça-feira, 30 de agosto de 2011

Vale a leitura: quatro boas entrevistas

Nos últimos dias, quatro boas entrevistas jurídicas foram publicadas e merecem nosso destaque.

A primeira delas foi de José Carlos Moreira Alves, ex-ministro do Supremo, entrevistado pelo Valor Econômico em 23/8. Apesar do alerta do próprio entrevistado, de que "vão dizer: o homem está velho e não tem compreensão dos temas novos", a matéria mostra que Moreira Alves ainda tem muito a nos ensinar.

Ellen Gracie (foto), também ex-ministra do STF, foi entrevistada pela revista Veja desta semana. Quando a Veja resolve fazer bom jornalismo - e não tentar invadir quartos de hotel com golpes armados por seus repórteres - o resultado costuma ser bom, como nesta entrevista.

"O papel do Supremo não é punir. Mas julgar de maneira correta e respeitar as garantias que são de todos os cidadãos. Não podemos cercear a defesa, nem passar por cima dos direitos dos acusados", afirmou Ellen Gracie.

As outras duas entrevistas são do site Consultor Jurídico. Marcelo Nobre, o decano do Conselho Nacional de Justiça, foi entrevistado em 29/8 e José Del Chiaro, advogado especialista em direito da concorrência, na véspera.

Marcelo Nobre defende a competência concorrente do CNJ para análise dos desvios de conduta de magistrados e servidores do Judiciário e não a competência apenas subsidiária, após o trabalho das corregedorias dos tribunais locais: "dizer que nossa competência é subsidiária é voltar, no mínimo, seis anos no tempo, quando não existia o CNJ".

Del Chiaro conta sua experiência no antitruste e ataca o cada vez mais comum argumento de que a concentração de empresas é boa porque cria um competidor brasileiro forte no mercado internacional: "isso é uma falácia. Isso é bom para o investidor do mercado de capitais, mas é péssimo para o consumidor".

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