segunda-feira, 2 de julho de 2012

Mensalão tornará ministros conhecidos do grande público

Na época do julgamento das ações relativas ao impeachment do presidente Fernando Collor, os ministros do Supremo Tribunal Federal ficaram nacionalmente conhecidos, em especial Sydney Sanches, o então presidente do STF, que presidiu também o Senado no processo de impeachment.

Com o julgamento do mensalão, a cobertura da imprensa fará com que a atual composição do Supremo (foto) volte a ser conhecida do grande público e não apenas dos operadores do direito.


Alguns terão especial destaque, como o relator Joaquim Barbosa, o presidente Ayres Britto e os que souberem proferir as melhores frases curtas, aquelas que parecem feitas especialmente para o Jornal Nacional e outros telejornais, onde o tempo é precioso.

Além disso, graças à TV Justiça e à internet, os longos votos (alguns quase intermináveis) dos onze julgadores serão amplamente debatidos pelos profissionais do direito e estudantes, especialmente pelo Twitter e Facebook.

Para os ministros, a situação também é cômoda, embora não tão favorável quanto a do procurador-geral da República. A princípio, a imprensa só deverá criticá-los caso decidam pela absolvição dos acusados mais conhecidos. A exceção é o ministro Dias Toffoli, que já está sendo pressionado pela mídia para não participar do julgamento.

O que a sociedade espera é que, com opinião da mídia favorável ou contrária, os ministros julguem apenas de acordo com as provas dos autos.
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Confira as outras postagens de nossa série especial sobre o julgamento do mensalão.

Nos próximos dias, falaremos especificamente de alguns ministros do STF. Na sequência, dos defensores.

Crédito da foto: Nelson Jr/STF.

2 comentários:

Iago Rodrigues disse...

Adorei o texto. E, não só pela pressão midiática, também sou contrário à participação do Dias Toffoli na votação, pelos mesmos motivos políticos mostrados à exaustão. Ademais, fui contra sua indicação para compor o Excelso Pretório por motivos simples: não tem notório saber jurídico e tão pouca ilibada reputação!
Abraços!

Ricardo Maffeis disse...

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