Nesta segunda-feira 15/7, a Folha de S.Paulo resolveu estudar o assunto e, graças a levantamento da Secretaria de Administração Penitenciária paulista, apurou que 50 mil detentos beneficiados não retornaram aos presídios de São Paulo nos últimos dez anos (gráfico).
Para situar melhor o leitor, o jornal explicou que "o total, 50.108 presos, equivale a quase toda população carcerária de Minas e preencheria 65 unidades prisionais - o Estado de São Paulo tem 156".
O debate é inevitável: os presos não voltam porque querem "cometer crimes", afirmou um procurador de Justiça; "o projeto* rompe o modelo progressivo do cumprimento de pena", bradou o coordenador de uma ONG; prender presos é um "retrabalho para a polícia", reclamou o comandante-geral da Polícia Militar; os presos não retornam devido às "más condições dos presídios", defendeu um sociólogo.
O certo é a situação dos presídios e as medidas alternativas de cumprimento de pena estão longe de ser prioridade dos governos.
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* Nota da redação: Projeto de lei em trâmite no Senado que endurece a concessão do benefício, restringindo-o a presos primários.
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